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sábado, 18 de setembro de 2010

Quando os filhos crescem

Deu trabalho, mas espantei todas as moscas e tirei todas as teias de aranha que estavam por aqui...rsrs...



Com mais ou menos 2 meses

Eu carrego a Bia no sling desde que ela tinha 20 e poucos dias... Queria ter saído da maternidade com ela, mas não consegui encontrar pra comprar antes. Ainda hoje, não é todo dia que eu vejo mães e bebês 'slingando' por aí. No começo era estranho. Demorei um pouco pra pegar o jeito da coisa. Mas quando peguei, foi só alegria... a Bia sempre adorou o sling. E eu, mais ainda... ali ela estava protegida, ali ela podia mamar com conforto e privacidade, ali ela era só minha... sem contar que causávamos um verdadeiro furor por onde andássemos. Mais de uma dúzia de vezes eu fui parada por mães que queriam saber onde podiam comprar, se a bebê gostava, se não doía as costas. Tinha também quem torcesse o nariz, principalmente as pessoas mais velhas, dizendo que aquilo era desconfortável, que ela não ia conseguir andar direito... ai, ai...
E a Bia, sempre que me via colocar o sling, já estendia os bracinhos, toda feliz. Ela ficava mais calma, normalmente dormia, era ótimo.
Mas a farra acabou há uns meses. Não sei ao certo quantos, se quatro, três, dois... mas sei que ela passou a reclamar quando eu tentava colocá-la no sling, até que os protestos foram tão intensos que eu não coloquei mais.
E isso me fez refletir sobre muitas coisas: ela estava me dizendo "mãe, eu cresci, não caibo mais aí". Sim, ela cresceu. E muito. Vai fazer dois anos no próximo mês. Está esperta, inteligente, comunicativa... é uma criança segura, sociável, independente (o quanto um serzinho de 23 meses pode ser independente, é claro!). Em detrimento de tudo o que falam sobre crianças que mamam no seio prolongadamente (sim, eu ainda amamento a minha filha, com o maior prazer, muito obrigada!).
Depois disso eu comecei a pensar quando será o próximo "rompimento". Talvez a amamentação seja o próximo. Mas fui mais longe... vislumbrei quando ela crescer o bastante para não querer mais andar comigo de mãos dadas... ou quando chegar a fase em que eles têm vergonha de nos beijar e serem beijados em público.
E depois disso, já pré-adolescente, talvez ela não queira mais viajar somente com os pais, pois prefira uma amiga ou uma prima por perto. E depois, mais tarde, ela queira viajar não com a família e/ou os amigos, mas com o namorado.
E finalmente, vai chegar o dia em que ela vai crescer tanto que não vai mais caber na nossa casa, na nossa rotina, vai viver a sua vida... e neste dia, e em todos os outros, filha querida, saiba que você nunca vai ser tão grande que não caiba no meu abraço. Nunca vai crescer tanto a ponto de não caber mais no meu coração. E eu espero estar contribuindo pra que você continue tomando suas decisões rumo ao crescimento com firmeza e segurança, por que maior que você, sempre será o meu amor.