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Bia, na última atividade antes das férias, ainda com os 'olhinhos caídos' |
Se existe uma coisa que a maternidade me ensinou é que não
há nada mais desesperador que um filho doente. A sensação de impotência que me
invade a cada febre, a cada tosse, a cada vez em que minha pequena não está
bem, é algo indescritível.
A Bia sempre foi uma criança muito saudável. Nunca teve
diarreia, nunca ficou internada, nem nunca ficou derrubada por causa de um
resfriado. Até maio deste ano, quando entrou na escola.
Logo na segunda semana, pegou catapora. E depois tosse, infecção de garganta, sinusite. Passou um mês doente. Remédio nenhum dava jeito e ela continuava prostrada, desanimada, cansada. Desespero é a palavra que define meu estado de espírito nesse período.
Logo na segunda semana, pegou catapora. E depois tosse, infecção de garganta, sinusite. Passou um mês doente. Remédio nenhum dava jeito e ela continuava prostrada, desanimada, cansada. Desespero é a palavra que define meu estado de espírito nesse período.
Achei, também, que as doenças estavam sendo agravadas por
uma questão psicológica. A Bia, que antes de começar na creche estava super
ansiosa, fantasiando sobre colegas e professores, desde a segunda semana de
aula chorava muito, desde a hora em que eu a acordava. E mesmo admitindo que
brincar na escola era legal, ela afirmava a todo tempo que não gostava, que não
queria ir para a aula.
Logo, o fato de não querer ir para a escola, no meu
entendimento, estava deixando seu sistema imunológico ainda mais frágil e
suscetível aos vírus e bactérias. Quase ninguém concordou comigo,
principalmente os médicos que a atendiam toda semana, com febre e desanimada.
Segui meu coração e meus instintos e no mês de julho não a
mandei para a creche. Mesmo sabendo que seria importante para sua adaptação
continuar a freqüentar as aulas, considerei mais importante ainda sua completa
recuperação. E ela melhorou.
Mas a falta de experiência com essa situação, de ver minha
filha doente, desencadeou em mim uma situação que nunca tinha enfrentado antes:
entrei em depressão. Me culpando por te-la mandado para a escola (mesmo
acreditando que é positiva essa experiência), me cobrando por não ser mais
presente, me perdendo no meio de uma situação que eu não podia controlar.
E percebi que a palavra DEPRESSÃO significa “o que vem da
pressão”. Por que o mundo não para e espera a crise passar. Trabalho, casa,
marido, continua tudo lá, esperando minhas decisões. Não foi sem apoio que
consegui passar por isso. Dos meus pais, do meu marido, dos meus amigos, de
pessoas que foram muito solidárias, mesmo quando eu não esperava por isso.
A Bia voltou para a escola. Já teve novos resfriados, mas
dessa vez bem mais tranquilos. Já não chora para ir para a aula, e acho que
isso contribuiu muito.Também estou tentando, através da homeopatia, dar um
forcinha para o seu sistema de defesa.
E disso tudo, tirei duas lições: primeiro, que o que
não me mata, me fortalece. Segundo, que às vezes é preciso admitir que perdemos
o controle, dar vazão à frustração, à angústia, para então começar de novo.
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