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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Lei garante companhia na hora do parto

Matéria minha publicada no Diário Regional em 11/11/2011.

 Junior acompanhou Mayara durante o nascimento dos filhos gêmeos (Foto: Adonis Guerra)

O momento é único e inesquecível. A mulher, prestes a dar à luz, está ao mesmo tempo no ápice da fragilidade e da força. Lei de 2005, que dá às gestantes o direito de escolher uma pessoa para acompanhar todo o processo, pode garantir um trabalho de parto mais calmo e tranquilo.

A opinião é de especialistas da área, como o professor de Ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC e coordenador do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher de São Bernardo, Rodolfo Strufaldi.

“Faz parte do processo de humanização do atendimento à gestante e ao bebê permitir que a mulher esteja acompanhada por uma pessoa próxima, a mãe, a irmã ou o pai da criança”, afirmou.

Apesar de ser lei, algumas maternidades ainda não têm condições de manter acompanhantes nos períodos de pré e pós-parto ou mesmo durante o procedimento. “Algumas unidades não cumprem por questão de espaço. Porém, na rede pública, a grande maioria consegue seguir a determinação no momento do nascimento e depois do parto”, explicou o médico, ao completar que a medida melhora a confiança da paciente e também a condução de todo o trabalho de parto.

Amparo e segurança - Para o obstetra Alberto Jorge de Sousa Guimarães, permitir a presença de um familiar escolhido pela parturiente é também oferecer maior segurança nesse momento tão sublime e desafiador.

“Podemos relembrar que o parto era um evento natural na vida da mulher, assistido em ambiente domiciliar, com o marido por perto e geralmente uma parteira ou pessoa mais idosa, como  a mãe ou avó, dando suporte”,  destacou o médico, que nasceu amparado por uma parteira.

O casal Digmar de Barros Junior e Mayara Araújo Gastão, que tiveram bebê e foram acompanhados pela reportagem do Diário Regional, atestam o que dizem os médicos.
“É muito importante estarmos juntos nesse momento. Com certeza, minha esposa ficou muito mais tranquila”, afirmou o pai, ainda na sala de cirurgia do Hospital Universitário de São Bernardo, na hora do nascimento dos gêmeos. “É um momento de muita emoção”, disse Barros Junior com lágrimas nos olhos e um largo sorriso no rosto.

A dona de casa Bernadete Oliveira da Costa acompanhava a neta Bruna Oliveira da Costa, que aguardava o nascimento do primogênito. “Quando meus filhos nasceram sempre tive alguém ao meu lado. Acho que dá mais segurança”, declarou.

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